As
marcas das mãos pintadas há mais de 37 300 anos.
Fotografia © Reuters/ Cortesia de Pedro Saura
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A gruta de
El Castillo, em Espanha, tem a pintura rupestre mais antiga da Europa, com mais
de 40 mil anos, citando uma nova investigação, na qual participou o arqueólogo
português João Zilhão.
A investigação, com recurso à técnica
radio-métrica com urânio e tório, foi efectuada em 50 pinturas paleolíticas de
11 grutas localizadas nas regiões espanholas das Astúrias e Cantábria,
incluindo as grutas de Altamira, El Castillo e Tito Bustillo.
Em El Castillo, os peritos detectaram uma gravura
que crêem ter mais de 40 800 anos. São, por exemplo, marcas de mãos que se
julga terem sido feitas por um Neandertal.
Até há bem pouco tempo, a gruta Abri Castanet, em
França, reclamava ter a imagem rupestre mais antiga da Europa, com 37 mil anos.
Na descoberta agora divulgada participaram 11
investigadores, incluindo o português João Zilhão, especialista em arqueologia
pré-histórica e antigo coordenador do projecto do Parque Arqueológico do Vale
do Côa.
O estudo, publicado hoje pela revista Science,
concluiu que a prática artística pré-histórica começou na Europa talvez dez mil
anos antes do que os cientistas previam e pela mão do homem de Neanderthal, que
terá morrido há cerca de 40 mil anos.