A globalização é o processo de criar um espaço económico
comum que leva a uma integração crescente da economia mundial através da
movimentação cada vez mais livre de bens, capitais e mão-de-obra. Mas já havia
globalização nos antigos impérios.
O declínio destes foi seguido de distúrbio internos e da desintegração
dos espaços económicos alargados que eles tinham criado.
Assim o Império Romano tinha trazido, através da sua pax,
uma prosperidade sem precedentes aos habitantes do litoral mediterrânico
durante quase um milénio. Com o fim do império romano, com a subsequente
desordem e destruição do espaço económico imperial levaram a uma queda
acentuada dos padrões de vida da população.
Se uma família de camponeses na Gália, da Lusitânia ou da
Britania tivesse sido capaz de
prever a miséria e exploração que iria
atingir os seus netos e os netos deles, e assim sucessivamente
durante os 500 anos seguintes, teria
acorrido em auxilio do império. Mesmo depois disso os reinos que
surgiram acabaram por durante 1000 anos viverem no meio do esterco, minados
pela pobreza e exploração, quando comparados com Roma. Só no século XVI, em
pleno renascimento, é que os europeus começaram a ter níveis de bem estar comparáveis
com Roma, e só no século XVIII é que
passaram a ver a sua civilização como sua igual. Daí surge o nome Renascimento
como o ressurgir da cultura greco romana.