O Estilo Gótico 2 | Mod.4

Resumo da apresentação em aula:



A Peste Negra
(1348)
Epidemia que mais profundamente atingiu a Europa
Origem: Oriente - porto de Messina, na Itália, através de barcos de comércio (o portador parece ter sido a pulga do rato preto, originário da Ásia)
As pessoas infectadas - manifestavam sintomas invulgares que começavam por:
• Pequenas manchas negras à volta de cada picada de pulga;
• Gânglios inflamados no pescoço, nas axilas e nas virilhas;
• Febres altas;
• Calafrios e enjoos.
Vinda da Ásia Central pelo mar Negro, Constantinopla, Síria e portos do
Mediterrâneo, chegou a Marselha em 1348.
Fortes consequências:
Tal mortalidade provocou, forçosamente, desequilíbrios na cidade, no Estado, nas fronteiras sociais e implicou a transferência de populações entre aldeias e regiões, modificando os circuitos comerciais e criando novos-ricos. O medo e o desespero levaram algumas populações a procurar culpados entre os judeus e os leprosos que, por isso chegaram a ser massacrados.
Apesar de tudo, deve-se à Peste Negra a expansão da construção de hospitais, albergarias e leprosarias, a partir das doações feitas por uma população aterrorizada.



Pequena curiosidade:
Os próprios médicos e farmacêuticos desconheciam como tratá-la e até julgavam que se estivessem totalmente vestidos, com luvas, botas e com máscara, semelhante à cabeça de uma ave, estariam imunes, o que não era verdade.
Percorreu as grandes vias de comunicação;
Atravessou a Europa atingindo a Escandinávia e Moscovo
Pensa-se que matou entre 1/3 e ½ da população europeia em poucos anos



Catedral de S.Denis, Paris. (onde tudo começou)
A arquitectura
Foi considerada, pelo menos desde o séc. XIX, como a mais espectacular de toda a Idade Média, cujo espírito de cavalaria e misticismo tão bem simboliza
Começa-se a valorizar a razão humana como reflexo da inteligência divina
Através da luz de Deus, as almas elevam o seu espírito até Ele
Na Catedral Gótica, foi este misticismo que se procurou com o arrojo vertical da massa construída, apelando ao fervor religioso e à exaltação espiritual
- A arquitectura gótica não representa um estilo novo, mas um ponto de chegada de contínuos aperfeiçoamentos técnicos e estéticos, feitos ainda pelos construtores românicos.
Adaptando-se ao seu tempo, a originalidade desta arquitectura concretizou-se a partir de três áreas específicas:


Catedral de S.Denis
Catedral:
• Símbolo da fé e da cidade onde era erigida;
• Construída em louvor de Deus e dos homens;
• Os seus pináculos e agulhas elevam-se em ascese para o alto, encarnando o novo pensamento teológico dos intelectuais da época. Implementação de uma nova estética; Inovações técnicas; Alterações das estruturas formais;
Utilizado pela primeira vez, em cerca de 1100, na Borgonha, no contexto do
Românico Cisterciense - O seu aparecimento resultou da necessidade de, num tramo rectangular, elevar os 4 arcos (principais e formeiros) à mesma altura
- Estruturados pelo arco ogival, as abobadas tornaram-se mais elásticas e
dinâmicas, adaptando-se melhor às formas e dimensões dos espaços a cobrir, o que permitiu aumentar as áreas de construção
- Mais leves e fáceis de sustentar, as abobadas ogivais elevaram-se cada vez mais, o que agradou à estética da época Toda a técnica construtiva da arquitectura gótica repousou nas abobadas de cruzaria ogival, assentes sobre um novo e complexo sistema de pilares e contrafortes que suportavam todo o peso daquelas através de um perfeito equilíbrio de forças.
A principal invenção técnica da arte gótica foi o arco ogival
Isto obrigou a reforçar os apoios exteriores com contrafortes mais esbeltos e elegantes. Tal técnica construtiva envolveu conhecimentos avançados e sofisticadas maquinarias, aliados a uma organização meticulosa e previa da obra.
- A conceitualização inicial destes edifícios cabia aos bispos ou aos reis, mas a elaboração do “projecto” era da responsabilidade de mestres – pedreiros experientes.

A História guardou os nomes de alguns deles:
• Pierre de Montreuil , arquitecto da Saint – Chapelle , em Paris;
• Jean de Chelles , sob cuja direcção se iniciou o transepto de Notre – Dame
Tal como nas igrejas românicas, quase todas as catedrais góticas foram do tipo basilical, com planta em cruz latina, cabeceiras viradas para este e o corpo principal geralmente dividido em três naves.

Nova estética:
Possibilitada pelas técnicas então concretizadas, introduziu alterações da
forma e de dimensão na estrutura dos edifícios já conhecidos e propícios à
criação de novas tipologias na arquitectura civil.

Catedral de Notre Dame de Paris
A Catedral: Como casa de Deus que pretendia ser, era um edifício imponente cuja construção se prolongava por décadas. Pelas suas dimensões, evidenciava-se a paisagem urbana. Catedrais de Notre – Dame , em Paris, e de Colónia na Alemanha. Interiormente, o transepto , também dividido em três ou cinco naves, tornou-se quase tão largo como o corpo principal mas, em compensação, passou a ser pouco ou nada saliente Os pilares das arcadas interiores aumentaram em numero e foram colocados mais próximos uns dos outros, pois os tramos eram rectangulares e não quadrados, em contrapartida, ficaram mais finos e altos, facto que, em conjunto com a maior altura dos tectos, criava a noção de verticalidade. A cabeceira tornou-se mais
 complexa, ocupando um terço da área da igreja. O deambulatório prolonga-se até ao transepto, dando continuidade às naves laterais; o coro apresenta igualmente maiores dimensões, colocando-se entre o altar – mor e o deambulatório. As paredes laterais e as que se erguiam acima da arcada central conheceram uma nova ordenação: inicialmente com quatro níveis de aberturas, passaram a conter, a partir do séc. XIII, apenas três pelo desaparecimento da galeria. As janelas , mais alongadas, ocupavam quase toda a largura das paredes e as rosáceas das fachadas tornaram-se imponentes. Revestidas por coloridos vitrais, permitiram uma melhor iluminação da igreja, cuja atmosfera convidava à comunhão mística com Deus – Luz. Exteriormente , as alterações formais foram também significativas. As entradas das catedrais tornaram-se monumentais em todas as fachadas. Na
fachada oeste, o portal passou a ser triplo, traduzindo, no exterior, a estruturainterior.

Em França: Séc. XIII O Gótico pouco se alterou nos séculos seguintes a não ser em aspectos meramente decorativos.

Em Inglaterra: Surge um Gótico mais austero pela prevalência das catedrais monásticas, conservando um corpo alongado e aberturas menores, com cabeceiras quadradas e transeptos duplos A partir do séc. XV, a sua evolução distingue-se pela perpendicularidade, acentuada pelas linhas do esqueleto construtivo e pelas abobadas de leque Exemplo: a Catedral de Gloucester e da Capela de King’s College de Cambridge. O Gótico inglês teve longa duração, prolongando-se até ao séc. XIX, através do Neogótico

Na Alemanha: Catedral de Gloucester e desenvolveu-se também um estilo próprio, tardio, conhecido por Hllenkirchen , ou igrejas – salão pelo seu espaço unificado. Surgiram aqui, as igrejas de fachada com torre única, como a de Friburgo.

Em Espanha: A presença árabe e a guerra da Reconquista atrasaram a entrada do estilo francês. O Gótico espanhol desenvolveu-se a partir do séc. XIII, nas catedrais de Tarragona, Leão, Burgos, Toledo e Barcelona. Distinguiu-se pela inclusão de elementos decorativos de influência árabe, que culminaram no estilo plateresco .

Em Itália: Verificou-se uma grande resistência ao Gótico convencional e a sua penetração só se deu mais tarde através de franciscanos e dominicanos
Exemplos: igreja de São Francisco de Assis e de Santa Maria Novela em Florença. Mantiveram a planta basilical e o arco em ogiva, em pouco ou nada seguiram o Gótico francês

O Gótico em Portugal: Desenvolveu-se após o final da Reconquista e a sedimentação do povoamento, prolongando-se até ao principio do séc. XVI, quando na Europa se vivia o Renascimento pleno. O Gótico português revelou-se simples e austero, embora próximo dos princípios estéticos franceses.

Características:
• Dimensões modestas;
• Estruturas simples;
• Janelas pequenas e em numero pouco significativo;
• Decoração pouco exuberante;
• Conservou os contrafortes como suporte mais comum e coberturas em madeira sobre paredes grossas É já nos finais do séc. XV que, principalmente com o emprego de uma nova gramática decorativa, o gótico final português adquire a sua verdadeira identidade através do Manuelino

A escultura
A partir do séc. XIII afirma-se, deixando de ser subordinada pela arquitectura
(foi ganhando uma progressiva autonomia)

Mosteiro da Batalha
Estilo que se desenvolveu entre finais do séc. XV e o início do séc. XVI, principalmente durante os reinados de D. Manuel I e de D. João III, tendo por isso durado cerca de um séc.
Na realidade não podemos considerar o Manuelino um verdadeiro estilo mas sim uma arte feita de muitos estilos Góticos flamejantes uns; Platerescos e mudéjares outros
Formas naturalistas, principalmente da fauna e da flora marítimas que traduziam fielmente as influências de que a cultura universalista portuguesa revestiu depois dos Descobrimentos.

Gótico inicial
• Estátuas colocadas em nichos e sob baldaquinos, que ocupavam os colunelos dos ombrais
Mostravam uma forma:
• Alongada;
• Rígida na posição;
• Rostos cada vez mais individualizados, que demonstravam calma e serenidade.

Gótico pleno
• Procura de uma tendência mais naturalista e realista, tanto na iconografia como no relevo e na estatuária
• Corpos mais volumosos;
• Posições ligeiramente curvilíneas;
• A partir do séc. XIV e XV evidencia já um S sinuoso, quase em contraposto, numa forte tensão de linhas ondulantes


Escultura da Madonna de Krummau , Viena, c. 1400,



Escultura de 112 cm, em calcário pintado
A expressão formal, atitudes, gestos:
• Procura exprimir a perfeição espiritual;
• Mãos, rostos e corpos, são tratados com maior correcção anatómica, cabelos e barbas encaracolados, apresentam mais detalhes, os santos, a Virgem e Cristo, têm outro semblante e outra mensagem. Reflectem sensibilidade, serenidade e ternura Humanização do céu

Escultura decorativa - Elementos variados caracterizavam o interior das igrejas
Horror ao vazio
Nos portais;
Pináculos Flechas Rosáceas
Rosetas Florões
Arcobotantes e Gárgulas
Vitrais
• Tímpano com gablete;
• Local onde o Evangelho era representado, em relevos de registos sobrepostos.

Cenas mais vulgares:
• A vida da Virgem e o Nascimento de Cristo;
• Alguns episódios da vida de santos;
Decoração interior:
• Cristo em Majestade; (influência românica)
• Ultimo Julgamento ou Juízo final, (intenção de transmitir esperança)



Catedral de Chartres, França

Timpano gótico da Catedral de Amiens, França

Resumindo-se hoje aos púlpitos, aos capitéis e aos medalhões, no fecho
das ogivas. Discreta:
Gótico flamejante: Decoração mais exuberante. Alastrando “em chamas” por portais interiores, em linhas ondulantes
Toda a escultura era colorida:
Função especificamente decorativa, estética, apelativa e simbólica
Mãos e rostos – cor natural
Cabelos – loiros Vestes – policromadas

A partir de 1200, vulgarizou-se a construção de estátuas jacentes;
Inicialmente, não havia grande preocupação nos traços físicos da morte –
(preocupação meramente evocativa);
A partir do séc. XIII, aparece o retrato idealizado, com um leve sorriso que ilumina o rosto do defunto

A pintura
O poder político fragmentado das cidades italianas e o fim do Sacro Império
Romano – Germânico impuseram uma nova geografia religiosa, social e política, que marcou o ocaso do sistema político feudal e também o declínio da Idade Média. No seu período final, o Gótico revelou já preocupações humanistas que irão desembocar no espírito racional do Renascimento.
O morto é representado. Muitas vezes envolto num lençol ou nu, autentico cadáver em Decomposição Consciencialização da condição moral. Na sequencia dos horrores da peste negra.
Finais do séc. XIII Marca o início de um período particularmente agitado na história da Europa Ocidental.
A pintura foi essencialmente ornamental e devemos procurar a sua evolução a partir do desenvolvimento de quatro técnicas distintas
  1. Vitral
  2. Iluminura
  3. Fresco (Itália)
  4. Pintura sobre madeira (Flandres)
A pintura evoluiu do Românico para o Gótico a partir do séc. XIII.
Finais do séc. XIV Designou-se por Estilo Internacional ou Estilo 1400
Resultou de uma mistura singular entre as referências bizantinas, o realismo e
verismo dos rostos e panejamentos, a nova concepção espacial do fresco italiano e o desenvolvimento da arte do retrato e da paisagem, através de um refinado tratamento técnico.

O vitral, não sendo uma técnica convencional de pintura, ocupou o lugar
dos murais executados a fresco. Teve o seu apogeu entre 1200 e 1260.
A essência do vitral é a luz, forma de celebração da luz.
A iluminura, arte móvel por excelência, afirmou-se no designado Gótico
Internacional , conjugando influências da arte românica e da arte bizantina.
O Estilo Internacional revela-se também na pintura gótica a fresco
O retábulo Fixo ou móvel sobre madeira

A pintura em Itália e Flandres. Ao contrário do Norte da Europa, em Itália as igrejas permaneceram largas e baixas, mantendo superfícies parietais compactas; Predominou a pintura a fresco; e o uso frequente de retábulos
Foi essa continuidade cultural que permitiu o aparecimento de artistas pioneiros, como foi o caso de Giotto

 • Adquiriram grande autonomia, constituindo-se como cidades – estado;
 • Prosperaram economicamente;
 • Deram origem a um enorme desenvolvimento artístico.
Duccio di Buoninsegna

Pintores como Cimabue (c. 1240 – 1302) e Duccio di Buoninsegna (c. 1255 – 1318/19) iniciaram essa renovação, que teve plena expressão na obra de Giotto (c.1267 – 1337) pela ruptura que estabeleceu com toda a tradição bizantina, mas mantendo – se marcadamente fiel ao espírito gótico pela beleza formal das figuras e pelo seu cromatismo.

Também os irmãos Lorenzetti revelaram uma profunda influência de Giotto
Pietro (1280 – 1348) executou uma pintura que associou monumentalidade e doçura. Ambrogio (1290 – 1348, conhecido pelas pinturas Efeitos do Bom Governo e do Mau Governo , mostra, nessa obra, naturalismo, perspicácia, ordenação e uma visão panorâmica da cidade.

No Norte da Europa, principalmente na Flandres, sendo o desenvolvimento do Gótico mais tardio, a pintura revestiu-se de aspectos peculiares:
A importância da burguesia mercantilista produziu um bem – estar e prosperidade económicos que fizeram com que se prestasse uma grande atenção à vida quotidiana.
A arte, naturalmente, reflectiu essas circunstâncias.
Os artistas voltaram-se em definitivo para o retrato físico e psicológico, com grande realismo, enquadrado por paisagens naturais e arquitectónicas. Mesmo as cenas sagradas são retratadas como se de cenas da vida quotidiana se tratassem.
Pintores mais destacados desta época:
 • Hans Menling
 • Robert Campin (1378 – 1444)
O Casal Arnolfini de Jan Van Eyck

Van Eyck (c. 1390 – 1441) foi o pintor flamengo que lançou as bases de uma nova cultura figurativa, que perduraria durante todo o séc. XV
Foi o grande divulgador da pintura a óleo que trabalhou com um apurado sentido técnico A sua pintura é rica pela permanência do simbolismo medieval, que associou à verosimilhança obtida com a nova técnica.

O Casal Arnolfini é o mais famoso quadro do pintor flamengo Jan van Eyck, pintado em 1434. A obra exibe o então rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna Cenami, que se estabeleceram e prosperaram na cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre 1420 e 1472. Nos dias de hoje, os historiadores da arte discutem exactamente a imagem que o quadro representa; a tese dominante durante muito tempo, introduzida por Erwin Panofsky em um ensaio de 1934, assegura que a imagem corresponde ao matrimónio de ambos, celebrado em segredo e testificado pelo pintor. Contudo, muitas outras interpretações têm sido propostas acerca da obra, e o consenso actual é que a teoria de Panofsky seria, dificilmente, sustentável. Especula-se sobre a presença efectiva do pintor no casamento dos Arnolfini, pois isso explicaria o porquê do pintor holandês ter escrito no quadro, em latim, Johannes de Eyck fuit hic (van Eyck esteve aqui). Em todo caso, a pintura – desde 1842 na National Gallery de Londres – é considerada uma das obras mais notáveis de van Eyck. É um dos primeiros retratos de tema não hagiográfico que se encontra conservado, e, por sua vez, representa uma relativa cena costumeira. O casal se apresenta de pé, em sua alcova; o esposo bendiz a sua mulher, que lhe oferece sua mão direita, enquanto apoia a esquerda em seu ventre. A pose das personagens resulta-se teatral e cerimoniosa, praticamente hierática; alguns especialistas vêem nessas atitudes fleumáticas certa comicidade, ainda que a estendida interpretação que se vê no retrato, a representação de um casamento atribui a isso seu ar pomposo.


A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é
dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Ile de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ligada ás necessidades e aspirações da sociedade da altura, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual. A arquitectura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade ressurge com uma extrema importância no campo
político, no campo económico (espelho das crescentes relações comerciais), ascendendo também, por seu lado, a burguesia endinheirada e a influência do clero urbano. Resultado disto é uma substituição também das necessidades de construção religiosa fora das cidades, nas comunidades monásticas rurais, pelo novo símbolo da prosperidade citadina, a catedral gótica. E como reposta à procura de uma nova dignidade crescente no seio de França, surge a Catedral de Notre-Dame de Paris.