Ampliação do Prado já está concluída



Custou 152 milhões de euros, mais 110 milhões do que inicialmente estava previsto. Demorou cinco anos a construir. Foi alvo de críticas pela derrapagem orçamental, pelo impacto arquitectónico, pelo risco inerente à desmontagem e montagem pedra-a-pedra de um claustro do século XIX, pelo modo como se relacionava com o velho edifício do museu. Mas a ampliação do Prado, assinada pelo arquitecto Rafael Moneo, já convenceu até a Greenpeace.
Apresentada há dias em Madrid, esta é a obra mais importante em 200 anos de existência da pinacoteca. Um projecto que sobreviveu a governos de esquerda e direita, e conseguiu o apoio de cinco ministros da Cultura desde que, em 1994, foi aprovada a extensão.
Embora a inauguração oficial só se realize em final de Outubro - com a presença dos reis de Espanha e a abertura de uma grande exposição de pintura espanhola do século XIX pertencente ao museu -, o público terá, de 28 de Abril a 1 de Julho, oportunidade de visitar a obra.
Mais 50% de espaço
Aproveitando o Casón del Buen Retiro (onde esteve o Museu do Exército) e o claustro da Igreja dos Jerónimos, ambos localizados nas traseiras do edifício Villanueva (que acolhe o Prado), Rafael Moneo criou um novo edifício de ladrilho, granito, vidro e madeira de carvalho. Uma solução que, diz Carmen Calvo, ministra da Cultura, prima pela "harmonia, elegância e austeridade".