Palácios do Mundo



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A arquitectura edificada ao longo dos séculos permite-nos conhecer melhor a nossa história. Os palácios por exemplo, reflectem tradições e estilos de vida de épocas distintas, simbolizam reinados e guerras travadas, e contam sobretudo histórias de como e quem somos. Fizemos uma rápida volta ao mundo e seleccionamos alguns destes maravilhosos edifícios - que pode até usar como um próximo roteiro cultural.

Rússia, Índia, França, Turquia - em todo o mundo, e sobretudo onde cresceram civilizações poderosas e com sociedades complexas, os palácios instalaram-se como símbolo na paisagem. Muitos deles acabaram por transformar-se em ruínas - mostrando o destino final de tudo quanto o homem constrói - mas outros permanecem.


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© Palácio de Inverno (S. Petersburgo, Rússia), (Wikicommons).


Palácio de Inverno (S. Petersburgo, Rússia)

Entre 1732 e 1917, o Palácio de Inverno de São Petersburgo foi a residência oficial dos czares russos. Projectado por diversos arquitectos, que o (re)construíram e remodelaram ao longo do tempo, tornou-se em 1917 um dos marcos simbólicos da Revolução Russa. O Palácio de Inverno apresenta a forma de um rectângulo alongado e só a sua fachada principal mede 250m de comprimento e 100 de altura. Para além disso, contém cerca de 1.786 portas, 1.945 janelas, 1.500 salas e 117 escadas.



Palácio Potala (Lhasa, Tibete)

O Palácio Potala é, desde o século VII, o palácio oficial de Inverno do Dalai Lama e, consequentemente, um dos maiores símbolos do budismo tibetano. Situado no centro do vale de Lhasa, sob a Montanha Vermelha e a uma altitude de 3.700m, é aí que o líder desempenha o seu papel tradicional na administração do Tibete. No complexo em que está inserido encontram-se também os palácios Branco e Vermelho, com os seus respectivos edifícios anexos.

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© Palácio Potala (Lhasa, Tibete) (Wikicommons, Nathaniel Krause).

Palácio de Versailles (Versailles, França)
O Palácio de Versailles foi mandando construir por Luís XIII, em 1624, como local dedicado à caça. No entanto, o seu sucessor, Luís XIV, manda remodelá-lo e aumentá-lo em inícios de 1669, para não só passar aí a residir, mas também usá-lo como esconderijo nos seus furtivos encontros amorosos. É aliás por estas histórias do rei que Versailles se tornou num cenário digno de um conto das Mil e uma Noites. É um dos maiores do mundo – possui 2.153 janelas, 700 quartos, 1.250 lareiras, 352 chaminés e 700 hectares de parques e jardins - e a sua beleza inspirou outras construções como o Palácio de Herrenchiemsee, na Alemanha, e o Palácio Schönbrunn, na Áustria.

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© Palácio de Versailles (Versailles, França), (Wikicommons, Marc Vassal).


Palácio Jag Niwas (Udaipur, India)

O Palácio Jag Niwas fica numa ilha privada no meio do lago Pichoa em Udaipur, Rajastão. Assenta sobre uma base natural de um rochedo de 4 acres (16.000 m²). Foi mandado construir no século XVIII pelo maharana Jagat Singh como palácio de verão e acolhe actualmente um hotel de luxo de renome mundial: o Taj Lake Palace. O edifício possui 83 quartos com paredes de mármore branco e um transporte exclusivo de barco para os hóspedes desde o cais. Além disso, todos os “mordomos reais” que trabalham no hotel são descendentes dos servos do antigo Palácio.


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© Palácio Jag Niwas (Udaipur, India), (Wikicommons, McKay Savage).


Palatul Parlamentului (Bucareste, Roménia)

Localizado na capital romena, o Palácio do Parlamento – com os seus 350.000 m² - é considerado o maior palácio do mundo. Foi mandado construir durante os anos 70 do século XX pelo chefe do regime comunista vigente na época, Nicolae Ceauşescu, e é no seu edificio que estão instaladas as câmaras dos deputados do Parlamento. O palácio tem 1.100 salas, 12 andares e 6 pisos subterrâneos. Para além disso, o seu estilo neo-clássico combina a mistura de vários materiais de origem romena como o mármore da Transilvânia, cristais, bronze, madeira, veludo e bordados.


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© Palatul Parlamentului (Bucareste, Roménia), (Wikicommons, Mihai Petre).


Palácio de Verão (Pequim, China)

O Palácio de Verão de Pequim é o maior e mais bem preservado jardim da era imperial na China. Rodeado pela Colina da Longevidade e pelo Lago Kunming, era usado como residência de verão pelos governantes imperiais quando saiam do palácio oficial, a “Cidade Proibida”, para descansar no campo. O “Yiheynuan”, nome original chinês que significa literalmente “Jardim da harmonia cultivada”, tem 70.000 metros quadrados preenchidos com outros palácios e construções arquitectónicas de estilo clássico e, claro, muitos jardins.


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© Palácio de Verão (Pequim, China) (Wikicommons).


Palácio Dolmabahce ( Istambul, Turquia)

Entre 1853 e 1922, o Palácio Dolmabahce serviu como principal centro administrativo do Império Otomano em Istambul. Situado no lado europeu do Bósforo, foi construído por ordem do sultão Abdülmecid I (entre 1842 e 1853) segundo o estilo dos palácios europeus e decorado com várias toneladas de ouro. Ocupa ao todo uma área de 45.000 m , com 285 quartos, 46 salas e 68 sanitários. Está dividido em três partes: a Humayun Mabeyn-i, composta pelo quartos reservados apenas aos homens; os Muayede Salonu, que são os salões cerimoniais; e os Humayun Harem-i, compostos pelos aposentos da família do Sultão.


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© Palácio Dolmabahce ( Istambul, Turquia), (Wikicommons, Robert Raderschatt).

Palácio de Schonbrunn (Viena, Austria)
Este edifício é conhecido como o palácio de Versailles de Viena. Foi, aliás, mandando construir para rivalizar com o de Paris e servir de residência de verão para a imperatriz Eleonora Gonzaga entre 1638 e 1643. Desde aí e até ao final da II Guerra Mundial foi ocupado pela família imperial austríaca. De grande magnificência e em estilo barroco, o palácio está rodeado por jardins, falsas ruínas romanas, um laranjal (considerado um luxo na época) e um labirinto dentro dos próprios jardins. É um dos principais monumentos históricos do país.


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© Palácio de Schonbrunn (Viena, Austria), (Wikicommons).


El Escorial (Madrid, Espanha)

Localizado em San Lorenzo de El Escorial, na comunidade autónoma de Madrid, este mosteiro-palácio foi mandado construir pelo rei Filipe II de Espanha, em 1563, para celebrar a vitória sobre os franceses na batalha de San Quintin, em 1557. Diz-se que a sua estrutura foi inspirada nas descrições do Templo de Salomão (pelo historiador Flávio Josefo) e adaptada às necessidades determinadas pelo rei. O complexo onde se encontra inclui: palácio, convento, biblioteca com cerca de 40.000 volumes, basílica, museu de arquitectura e um panteão onde estão sepultados várias casas reais. O El Escorial está ainda rodeado pelos Jardins do Frade, considerados um dos locais ideais para meditar em Madrid.


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© El Escorial (Madrid, Espanha), (Wikicommons, Balbo).


Palácio
de Neuschwanstein (Baviera, Alemanha)

O palácio ou castelo de Neuschwanstein foi edificado na segunda metade do século XIX na região da Baviera, muita próxima da fronteira com a Áustria. Mandado construir por Luis II da Baviera (conhecido como “o Rei louco”), a planta do edifício foi inspirada no compositor alemão Richard Wagner – seu amigo e também protegido. A sua arquitectura neogótica e o estilo fantasioso serviram de cenário ao castelo do filme de animação Disney “Cinderela”. Possui 360 quartos e uma decoração eclética e com muitas peças artesanais. Apesar de não ser permitido tirar qualquer fotografia no interior, o seu exterior é um dos mais registados no mundo.


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© Palácio de Neuschwanstein (Baviera, Alemanha), (Wikicommons, Guru82prasad).



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© Palácio da Pena. Sintra. Portugal