![]() |
PALÁCIO DE VERSALHES, Louis le Vau, André le Nôtre e Charles Brun, 1665-1669 |
A cerca de 22 km de paris, Versalhes começou por ser
um pavilhão de caça de Luís XIII. Quando o seu filho Luís XIV assumiu o poder,
reuniu uma equipa de arquitectos, paisagistas e pintores, decoradores, para ali
construírem um palácio grandioso e sumptuoso como nenhum outro.
O
arquitecto Louis le Vau (1612-1670), com experiência no Louvre, nas Tulherias e
no palácio Vauz-le-Vicomte, foi encarregado da concepção arquitectónica; o
pintor Charles le Brun (1629.1690) concebeu todos os interiores incluindo as pinturas
alegóricas exaltando o rei, o seu governo e as suas vitórias militares com
alusões a Apolo, o deus-Sol; e o arquitecto paisagista André le Nôtre
(1613-1700) projectou todos os espaços, jardins, parterres (canteiros), fontes,
lagos e allées (passeios e avenidas) radias, organizados segundo o eixo do
palácio e, em especial, os aposentos reais.
Os jardins de le Nôtre conjugaram o classicismo dos
jardins italianos, com a magnificência urbanística dos plano romano de Sisto V.
As centenas de fontes, os jogos de água e os imensos tanques só o Grande Canal
tem 1,5 km de extensão), eram alimentados por um complexo sistema hidráulico que
trazia a água do rio Sena.
Numa segunda fase de construção Jules Harouin-Mansart
(1646-1708) acrescentou a célebre Galeria dos espelhos na fachada oriental,
voltada para os jardins, e ampliou as imensas alas Norte e Sul, onde instalou
inúmeras dependências oficiais, uma capela e uma sala para ópera. As dimensões
assim atingidas – 381 m de comprimento – excederam toda a escala que até então,
os arquitectos barrocos nem sequer tinham imaginado; a sua superfície total,
jardins incluídos, inscrevia-se num rectângulo com 4,2 X 2,9 km de superfície.
Ao tempo da morte do
monarca, em 1715, o palácio alojava mais de 5000 pessoas, e entre militares e
serviçais, ultrapassavam as 14000…