A Arte Conceptual | M10

Joseph Kosuth
A Arte Conceptual, iniciada nos anos 60 do século XX, mais particularmente em 1965, prolongou-se pela década de 70 e implicou uma profunda revisão nos processos criativo e expressivo. Aqui, o mais importante é a ideia, o conceito, ou seja, a concepção do objecto mais do que a sua realização enquanto obra acabada.
Assim, a arte conceptual valorizou o processo mental e a reflexão sobre o trabalho, tendo a teoria ocupado o lugar da prática concreta. O trabalho coincidiu com a "reflexão sobre o trabalho" onde "a poética substituiu a poesia". Por isso recorreu a referências e bases teóricas questionando: os fundamentos da arte; a colocação
da obra de arte na sociedade; e o reconhecimento público do artista no seio da sociedade. Pôs em causa, portanto, a razão de existir e a função da arte, bem como a sua sobrevivência no século XX.
Estas ideias podem ser verificadas na afirmação dos ingleses do grupo Art and Language, os quais dizem que "o artista da sociedade multimédia e da era da informática trata exclusivamente de problemas filosóficos".
Esta proposta artística controversa inspirou-se em Marcel Duchamp, considerado seu precursor, e teve como antecedentes remotos o Construtivismo e o Abstraccionismo e, mais recentemente, a Action Painting e o Informalismo.
Neste movimento, considerou-se a arte como acção linguística, como comunicação e formação do pensamento.
Os suportes para a proposição da obra foram inusitados e integraram a fotografia, películas várias, vídeo, gravações, telefonemas, documentos escritos e telegramas apresentados em actos públicos.

Joseph Kosuth
Entre os autores que praticaram esta forma artística destacamos: Joseph Kosuth (n. 1945), Hans Haacke (n. 1936), Joseph Beuys (também ligado ao happening e à Instalação) , Keith Arnatt e Denis Oppenheim (n. 1938), que se ligaria, sobretudo, à Land Art e à Instalação. Alguns deles enveredaram por outras formas de arte como: a Instalação, a Minimal Art, a Arte Pobre e a Land Art, expressando o protesto, a transgressão e o direito a uma criatividade individual.
 Denis Oppenheim