Marcel Duchamp e o Movimento DADA | m 9


Marcel Duchamp foi um pintor, escultor e poeta. Nasceu em 28 de Julho de 1887, em Nanterre, França e Morreu em Outubro de 1968 em França.
O Dadaísmo foi um movimento cultural, artístico e filosófico de grande abrangência, surgindo quase em simultâneo nas cidades neutrais de Zurique (Suíça) e de Nova Iorque (EUA), durante a 1.º Guerra Mundial, por iniciativa de alguns intelectuais (poetas, artistas plásticos, músicos…) de varias nacionalidades que ai se refugiaram.
O seu nome deriva da palavra alemã “dada” (sons balbuciados pelos bebés),que foi encontrada abrindo o dicionário ao acaso.

O anedótico do termo simboliza bem a intenção destes autores. Impressionados pelo clima de sofrimento e de caos espiritual criado pela guerra, os artistas deste movimento pretenderam negar os conceitos de arte e de objecto, bem como as técnicas artísticas transmitidas pela tradição, anulando o próprio conceito de Arte – a verdadeira arte seria a antiarte.


A Fonte, 1917. Urinol em porcelana.

Conceptualmente, o Dadaísmo surge como reacção e provocação as sociedades burguesas e capitalistas da época, assim como os seus valores e conceitos ético-culturais e estéticos.
Esta reacção foi motivada pela violência e crueldade da guerra, que queriam tornar visíveis, e pela qual culpabilizavam os regimes sociopolíticos, capitalistas e burgueses vigentes, que renegavam.
Proclamou, também, o vazio espiritual e o sentimento absurdo que a guerra instalara, obsoleta a cultura tradicional.
Os autores dadaístas acreditavam que, para construir uma “nova” sociedade, era preciso começar por destruir a antiga, afirmando que “pela destruição também se cria”.
Estas atitudes e conceitos encontram suportes teóricos na filosofia negativista de Shopenhauer, nas teorias niilistas de Nietszche e nas doutrinas de esquerda, como as do anarquismo.